Como melhorar a qualidade de vida?

Como melhorar a qualidade de vida? Um exemplo é o “Programa de Saúde para os Idosos”, criado pelo Ministério da Saúde do Brasil que integra ações com os Ministérios da Educação, Trabalho, Previdência Social e Ação Social, visando a realização de uma política integral de assistência que tem como meta promover o bem-estar físico, psíquico e social da população idosa, a fim de permitir que ela sendo assistida possa viver mais tempo e com melhor. Os índices da saúde brasileira apontam que 80% dos idosos possuem alguma doença crônica e que 60% têm dificuldades para realizar atividades simples como comer, vestir-se ou ir ao sanitário sem a interferência de um cuidador.

A I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada no Brasil no mês maio de 2006, em Brasília, teve como norteador o tema: Construindo a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa – RENADI, que produziu oitenta e seis deliberações relacionadas com a saúde, todas, com o propósito de reforçar o funcionamento da Política Nacional do Idoso.

Em 2009, foi lançado o Pacto Nacional pelo Envelhecimento Ativo e Saudável, durante a II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília, que avaliou a construção da RENADI.

É certo que para a RENADI ser produtiva no setor de saúde é necessário que os órgãos gestores da saúde pública mapeiem e tracem o perfil epidemiológico da população idosa brasileira, diagnosticando as condições sócio familiares e avaliem as ações governamentais nos três níveis (Federal, Estadual e Municipal), mas isso ainda não é suficiente; é preciso que a sociedade civil colabore participando da RENADI sendo um agente de mobilização a fim sensibilizar a população através de campanhas sobre a possibilidade de um envelhecimento ativo e saudável, pois só assim será vantajoso envelhecer.

Não há dúvida de que o envelhecimento físico provoca a falência dos órgãos fazendo aparecer as doenças, por isso é importante a mobilização social através de campanhas visando a prevenção e intervenção em doenças que trazem a morte ou complicações à saúde como: coração, câncer de próstata, de colo do útero e da mama, catarata, glaucoma, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, AIDS e DST, diabetes, hipertensão, entre outras.

A igreja pode exercer um papel muito importante de mobilização através das campanhas de sensibilização, pois o cuidado com o corpo é uma orientação bíblica. Isto pode acontecer através dos boletins dominicais, do mural, do quadro de avisos, que devem ser usados para divulgar notícias sobre campanhas de esclarecimento, rede de serviços de atenção, legislação, prestação de serviço de cuidadores de idosos.

É de utilidade a criação de um banco de dados sobre os serviços públicos e privados para idosos com endereço, telefone e horários dos CAPS, Núcleos Regionais e Centros de Referência de Média e Alta Complexidade, ILPIs, Centros Dia, Abrigos Temporários, Casa de Passagem, Residência Terapêutica, Centros de Convivência de Idosos, etc.

Assim como a sociedade está se organizando, as Igrejas Protestantes e Evangélicas precisam se mobilizar para promover ações que venham beneficiar os maiores de 60 anos, pois o crescimento demográfico está em movimento dentro das comunidades eclesiásticas e pouca coisa tem acontecido para melhorar ou facilitar a vida cidadã.

Dados mais recentes mostram que a população idosa no Brasil gira em torno de 21 milhões de pessoas, o que representa 10,2% da população brasileira. Esse rápido crescimento não é um fenômeno apenas brasileiro, pois está ocorrendo em todos os países.

(Extraído do livro: Envelhecimento. O que todos precisam saber. Autoria: Pinho Borges.)

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