A população idosa em 1950 era de 204 milhões de pessoas; em 2000, o número subiu para quase 600 milhões e segundo projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2050, a população idosa atingirá a marca de 1,9 bilhões de pessoas. Diante destes números quem quiser ter uma boa qualidade de vida na velhice precisa começar a planejar agora, mas se o idoso deseja fazer alguma atividade para um melhor desenvolvimento físico, deve fazê-la com moderação respeitando o seu próprio limite biológico, porque cada organismo reage diferentemente às cobranças a ele efetuadas. As marcas mais evidentes na pessoa idosa se manifestam através das mudanças físicas e dos fatores relacionados com: (a) a Idade cronológica que é determinada pelo número de dias vividos; (b) Idade biologia que é determinada pela condição física do corpo, e (c) Idade psicológica que é a avaliação pela idade que o indivíduo tem e demonstra ter por sua maneira de ser e agir.
O contexto biológico da pessoa idosa navega nas ondas da geriatria, gerontologia, entre outras. Geriatria é o ramo da medicina que cuida dos fatores clínicos preventivos e de reabilitação e manutenção da saúde da população idosa e a Gerontologia estuda as mudanças que acompanham o processo de envelhecimento do ponto de vista psicológico e sociológico.
É importante que se fale exaustivamente em envelhecer com saúde, mas isto não é tudo, não basta criar hábitos como: ter uma boa alimentação, não fumar ou beber, praticar algum tipo de lazer, entre outros. Embora essas práticas sejam importantes é preciso que se criem mecanismos que façam funcionar as políticas sociais, em nível Federal, Estadual e Municipal, que venham atender esse segmento da sociedade. A Igreja como formadora de opinião pode contribuir de forma positiva para essa nova consciência do envelhecer.
O termo velhice é muito associado ao aspecto físico, embora o mesmo esteja relacionado aos fatores de ordem biológica, cronológica, social, existencial e psicológica, mas no geral são os aspectos externos do corpo como rugas, branqueamento dos cabelos, redução da força física que sinalizam a presença do envelhecimento. Dentre eles o engelhar da pele que é entendido como início do envelhecimento. Do ponto vista físico, a velhice pode ser comparada com as correntezas de um rio descendo entre as montanhas, isto é, uma ação que se realiza de forma rápida; a visão se deforma, a audição fica mais longe, o olfato e o paladar diminuem e os ossos se tornam mais frágeis.
O
discurso atual sobre envelhecimento é a questão da qualidade de vida, pois não
adianta envelhecer em condições de abandono e são muitas as recomendações sobre
o cuidado com o corpo e com a alma em todas as áreas, mas isto não é novidade,
pois o livro de Eclesiastes[1]
define com clareza como será a velhice e recomenda que se busque uma boa
qualidade de vida desde a juventude antes que cheguem os anos: a velhice.
[1] Eclesiastes.12.
(Extraído do livro: Envelhecimento. O que todos precisam saber. Autoria: Pinho Borges.)