Chamados à Missão com o Coração de Jesus

Queridos. Jesus começou o seu ministério não nos grandes centros religiosos, nem nos palácios de Jerusalém, mas na Galileia, um lugar desprezado, marginalizado, considerado por muitos como terra sem valor. Mateus o chama de “terra da sombra da morte”. Era onde viviam os esquecidos, os impuros, os leprosos, os pecadores. E foi exatamente ali que a luz de Cristo brilhou pela primeira vez em sua missão pública.

Esse dado já nos revela algo precioso, Deus começa onde ninguém quer começar. Onde o mundo vê miséria, Deus vê campo fértil para milagres. A missão nasce da unção. Quando Jesus lê Isaías na sinagoga, Ele declara o “programa” do seu ministério, evangelizar os pobres, curar os quebrantados, libertar os cativos, dar vista aos cegos e libertar os oprimidos.

Imagine uma equipe médica enviada a uma zona de guerra. Eles não vão para encontrar conforto, mas para socorrer os feridos. Assim também é a missão de Cristo, e a dos seus seguidores, ir aonde há dor, trazer cura onde há ferida, esperança onde há luto.

Jesus compartilha essa missão com os discípulos. No capítulo 10 de Lucas, Jesus envia setenta discípulos, dando-lhes a mesma autoridade e responsabilidade que Ele recebeu do Pai. Eles são chamados a proclamar a chegada do Reino de Deus. Mas essa missão tem um custo. Jesus ordena que não levem bolsa, nem alforje, nem sandálias. Isso significa renunciar à autossuficiência e confiar na provisão de Deus. Também é um chamado a abandonar o conforto, as tradições e até mesmo certos hábitos culturais.

Um missionário brasileiro no sertão nordestino, por exemplo, precisa renunciar a muitos costumes urbanos para entender a linguagem, o ritmo e os valores da comunidade. Ele precisa aprender a beber água do pote, comer o que lhe servem, ouvir mais do que falar.

Jesus diz, “ficai naquela casa, comendo e bebendo do que eles tiverem.” Ou seja, o missionário precisa ser um com o povo. Não como um visitante, mas como parte da família. Missão não é turismo espiritual, é encarnação do amor.

O conteúdo da missão é o Reino de Deus é a mensagem é clara, “É chegado a vós o Reino de Deus.” Não é uma religião nova, nem um conjunto de regras, mas a presença viva de Deus transformando corações, lares e culturas. Onde Jesus é recebido, há cura, reconciliação e esperança.

Uma senhora idosa, esquecida pela família, ouve pela primeira vez que Deus se importa com ela, que há um Reino onde ela é filha amada. O Reino chegou para ela. A solidão é vencida, o espírito é curado.

O missionário também enfrenta rejeição, pois nem todos aceitarão a mensagem. Alguns a rejeitarão como rejeitaram o próprio Jesus em Nazaré. Mas isso não anula a missão. Somos chamados a anunciar com amor e verdade, deixando os resultados nas mãos do Senhor.

A missão não é exclusiva dos pastores, evangelistas ou líderes eclesiásticos. Todos que fazem parte do Reino de Deus são chamados a ser luz e sal. O lugar onde você vive, a rua onde mora, sua família, seus amigos, todos são campos missionários.

Um idoso aposentado achava que sua missão havia acabado. Mas ao começar a conversar com jovens da vizinhança, ouvindo suas dores, orando com eles, percebeu que ainda era usado por Deus. Ele se tornou um missionário, não em outro país, mas na própria calçada de casa.

Que sejamos, como os discípulos, enviados com coragem e simplicidade, prontos a viver e proclamar a Tua Palavra. Em nome de Jesus, amém.

Ministração Rev. Pinho Borges / Locução Fábio Virtual/ Para acompanhar diariamente as inspiradoras reflexões do Rev. Pinho Borges, se inscreva no Canal Pinho Borges no YOUTUBE.

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