Queridos. O texto de Atos 2, versos de 39 a 44 nos transporta ao início da igreja cristã, onde a comunhão com Deus e entre os crentes era vivida de maneira intensa e transformadora. Aqui, percebemos como a promessa de salvação, destinada a todos aqueles que o Senhor chamar, resulta em uma vida marcada pela fé, comunhão e um profundo senso de propósito coletivo.
Pedro, no contexto de Pentecostes, lembra aos ouvintes que a promessa de Deus não está restrita a um povo ou geração, mas alcança filhos, descendentes e até aqueles que estão longe. A universalidade dessa promessa revela o desejo de Deus de estabelecer comunhão com todas as pessoas, convidando-as a um relacionamento íntimo e restaurador.
Essa comunhão, porém, exige resposta. Pedro exorta: “Salvai-vos desta geração perversa”. Essa é uma chamada para um rompimento com os valores deturpados do mundo, que frequentemente promovem individualismo, orgulho e separação de Deus. Entrar em comunhão com Ele implica uma mudança de direção, um arrependimento genuíno e o desejo de alinhar a vida aos Seus propósitos.
A resposta à mensagem de Pedro foi extraordinária. Quase três mil pessoas foram batizadas e integradas à comunidade de fé naquele dia. No entanto, a experiência cristã não se limitava a um momento de conversão. A continuidade dessa nova vida é descrita com quatro pilares essenciais: doutrina dos apóstolos, comunhão, partir do pão e orações.
A comunhão mencionada aqui vai além de simples interação social. Ela se fundamenta na união espiritual em Cristo. É um compartilhar de vida, onde os crentes estavam “unidos e tinham tudo em comum”. Isso incluía não apenas recursos materiais, mas também o coração e os objetivos espirituais.
Essa unidade gerava um ambiente onde Deus era glorificado e os necessitados eram supridos. Não havia espaço para egoísmo ou rivalidade; todos se viam como parte de um corpo, cuidando uns dos outros e buscando juntos o reino de Deus.
A presença de Deus era manifesta entre eles por meio de temor, prodígios e sinais feitos pelos apóstolos. Isso nos mostra que a verdadeira comunhão com Deus não é apenas uma experiência individual, mas também comunitária. É nesse contexto que a igreja vive sua vocação de ser luz no mundo.
Hoje, somos convidados a viver essa comunhão descrita em Atos. Isso significa perseverar na Palavra, priorizar a oração e buscar a unidade com nossos irmãos e irmãs em Cristo. Também significa rejeitar os padrões de uma geração perversa e abraçar os valores do reino de Deus.
Que nossa comunhão com Deus seja uma fonte de transformação pessoal e coletiva, inspirando-nos a viver de forma que glorifique o nome do Senhor e demonstre ao mundo o poder da graça de Cristo. Assim, seremos como aquela igreja primitiva: um testemunho vivo da bondade e da fidelidade de Deus.
Ministração Rev. Pinho Borges/Locução Fábio Virtual