O transplante (ou repicagem) é usado em algumas culturas que não podem ser semeadas diretamente no local definitivo. Quando as mudas são produzidas em bandejas, a operação é simples pela facilidade de “pegar”, pois a muda sai com um “torrãozinho”, com todas as raízes.
Nesse caso, é importante que ela já esteja bem enraizada e com a terra bem úmida. Uma dica para que as mudas soltem da bandeja com mais facilidade é molhar cerca de 15 minutos antes de iniciar o transplante.
Para o transplante de mudas de raízes nuas, ou seja, aquelas produzidas no chão, devemos ter alguns cuidados: -Cortar o excesso de raiz para não plantar com raiz torta; -Cortar até 80% das folhas. Folhas inteiras murcham e desidratam as plantas, dificultando a “pega/vinga” (principalmente plantas macias como a beterraba e couve-manteiga);
-Fazer o transplante no final da tarde ou em dias nublados;
-Irrigar em seguida e manter as mudas bem molhadas nos primeiros dias;
-No verão ou em dias de muito calor é indicado fazer o sombreamento nos primeiros dias, que pode ser com palha, galhos verdes ou jornal.
Atenção na hora do plantio das mudas para não enterrá-las demais.
As mudas de pimentão não podem ser plantadas em berços mais fundos do que naqueles que estavam no viveiro, pois podem morrer com o ataque de um fungo. Isso causa o damping off, conhecido como tombamento das plantas.
O tomate, pelo contrário, pode ser enterrado sem problemas.
Mudas já quase passadas do ponto de transplante (ficam “caneludas”) podem ser deitadas dentro do berço ficando somente as folhas mais novas fora da terra.
Manual para uma Horta Caseira e Agroecológica / Fundação Luterana de Diaconia Porto Alegre – RS, 2022