Quando a vida é vaidade

Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Eclesiastes 1,2.

Não fiquem com inveja. Vou lhe apresentar a pessoa mais invejada, mais extravagante, mais fascinante, que conheço. Ele é o melhor, o mais rico, o mais inteligente, o mais brilhante, o maior empregador, teve o maior numero de casamento do que qualquer homem que já viveu antes de mim. Apresento-lhe Salomão.

O capitulo 2 do livro de Eclesiastes nos 12 primeiros versículos Salomão faz referencia a si mesmo 46 vezes, em todos os tempos do verbos e pronomes pessoais.
Eis, Salomão em toda a sua glória. Habita num palácio mais luxuoso do Oriente, que possuía piscinas, jardins, estábulos, e muito ouro.
Empregava milhares de pessoas de cantores para seu lazer a ajudante de pedreiro para as grandes construções.
Como o mitológico rei Mídias tudo quanto deseja possuía com um simples pedido. E para completar, ele afirmou: “Perseverou também comigo a minha sabedoria” (v. 9).
Mas será que ele tinha tudo! Tudo mesmo?
Parece que não lhe faltava satisfação.
Ele confessou essa frustração escrevendo: “Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do Sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento” (v. 17).
Com certeza nós conhecemos pessoas assim. Que apesar de possuir tudo o quer não consegue ser feliz. Sabemos de pessoas que estão ao nosso redor que vivem correndo em busca da fama e riqueza, e quando alcançam descobrem que correram atrás do vento.
Isso torna o livro do Eclesiastes hiper moderno.

Lembro-me da historia do famoso tenista Boris Becker, campeão em Wimbledon. Ficou famoso e rico, mas um dia confessou a impressa que não chegou a pensar em suicido porque não tinha paz.
Assim com Boris Becker muitas pessoas atingem o sucesso e depois descobrem que o topo da fama está vazio.
Um vazio que só Deus pode preencher. Esta é a mensagem do Eclesiastes: a vida sem Deus não tem sentido.
Mas há uma luz no fim do túnel no livro de Eclesiastes, luz esta que leva para uma dimensão eterna, dentro de todos nós, e que não compactua com a ideia que tudo é vaidade. Está no capitulo três que diz: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3,11).
Salomão escreve na revelação de Deus que o Criador colocou no ser humano o desejo de viver eternamente. E que riquezas, realizações, fama, sexo não trazem paz e felicidade.
Por isso queridos nunca esqueça que “o vazio infinito do coração humano só pode ser preenchido com algo também infinito: o amor de Deus. Fora disto tudo é vaidade.

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