Idosos: Uma violência histórica

Apesar da violência contra à pessoa idosa ser histórica havia em várias sociedades havia respeitos por elas.

No antigo Egito, há relatos no qual pessoas idosas foram honradas pelo Faraó, e reconhecidas como “amakhu”, isto é, “lealtrabalhador” as quais recebiam tratamentos dignos até o fim da vida.

No judaísmo tardio, o escritor judeu, FlávioJosefo, escreveu que no ano 600 aC, as leis israelitas obrigavam os sacerdotes a ajudarem os idosos em sua velhice e o Talmud, livro dos comentários das Leis Judias, reconhece os direitos dos idosos; a Bíblia registra a longevidade de personagens como Matusalém que viveu 969 anos.

Na antiga Grécia os poetas escreveram sobre a longevidade. Hesíodo (800 aC) escreveu sobre um povo dourado que vivia centenas de anos sem envelhecer; o legislador e poeta ateniense, Solón, (594 aC), solicitou ao Senado grego uma contribuição para ajudar aos idosos; Aristóteles (384/322 aC)[1], filósofo grego, e Galeno, médico grego, (129-199 aD) consideravam a terceira idade como o período final da dissipação de calor interior que cada pessoa possuía.

Na antiga Roma o texto romano “Cidade Perfeita” mostra o Estado com a responsabilidade de sustentar os idosos. Na China o taoísmo prega que a velhice é o encontro do caminho verdadeiro para que se possa viver a imortalidade.

Na França, o rei CarlosMagno (747/814), ordenou o pagamento de uma espécie de “pensão” aos idosos. Mas só a partir do século 16 que se iniciaram os estudos sobre o envelhecimento e cientistas como Descartes, Bacon entre outros acreditavam que a terceira idade seria “vencida” pelo desenvolvimento científico. Em 1867, Jean Marie Charcot, médico francês, produziu o primeiro trabalho de cunho científico sobre a longevidade cuja preocupação não era a imortalidade, mas o processo de envelhecimento.

Na Alemanha do século V, os germânicos, tinham uma Associação de Proteção aos Idosos. Na Espanha em 1360, a Associação “Velhos do Mar” cuidava dos idosos visando garantir a segurança econômica e social deles.

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) se reuniu em dezembro de 1978, para tratar sobre o envelhecimento global.

No Brasil o Estatuto do Idoso foi promulgado em 01 de outubro de 2003 e passa a vigorar em 01 de janeiro de 2004. No Brasil, a Constituição Federal diz que “a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas. Assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes a direito a vida”.

No dia 01 de outubro de 2003, o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a LEI Nº 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. O Art. 1º do Estatuto do Idoso diz que ele é “destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.


[1] Para Aristóteles evitando-se a perda de calor, a vida seria prolongada.

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