Em toda parte, enxergamos pessoas famintas, gritando por pão. Seu grito, no entanto, não sai apenas de um estômago vazio. É, antes, um grito por justiça, que questiona principalmente a nós …
Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. (Mateus 5.6)
Em toda parte, enxergamos pessoas famintas, gritando por pão. Seu grito, no entanto, não sai apenas de um estômago vazio. É, antes, um grito por justiça, que questiona principalmente a nós, cristãos, a quem foi dado o mandamento: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Este amar ao próximo não implica apenas em levar a ele o anúncio do amor de Deus, mas também o alimento que, igualmente, provém de Deus. Por isso: quanto mais aumentar a fome neste mundo, tanto mais aumenta nossa tarefa de corrigir esta injustiça. Pois Deus quer justiça, e não injustiça.
Ele quer que façamos o possível e o impossível para que sua justiça domine o mundo; também o mundo injusto da fome! Sem tentar abrandar esta verdade, todavia, é importante lembrar o que também Jesus lembrou em sua tentação: “Não só de pão viverá o homem…” (Mateus 4.4).
Ou seja: ainda que os gritos por pão não mais se fizessem ouvir; ainda que toda fome como tal fosse saciada — ainda assim haveria outro tipo de fome e de sede. A fome e a sede por sermos aquilo que Deus quer que sejamos
Ora, sempre de novo agimos contra a vontade de Deus. Somos injustos perante Deus. E por próprias forças e capacidades não conseguimos eliminar esta injustiça. Por isso, continuamos famintos e sedentos — até que abramos a boca de nosso coração e aceitemos o alimento e a água da justiça de Deus, que é o perdão em Jesus Cristo. Quem, diariamente, procura por este alimento, este é feliz, bem-aventurado.
À beira-mar, Jesus, partiste o pão, satisfazendo ali a multidão; da vida o pão és tu: vem, pois, assim, nutrir-me até entrar no céu, enfim! Amém.
Ministração: Rev. Pinho Borges