
DESAFIOS PARA CUIDAR DA PESSOA IDOSA
MAIS UM CAPÍTULO DO LIVRO ENVELHECIMENTO. CUIDADO FAMILIAR. A população de idosos, vem crescendo assustadoramente no Planeta nas últimas décadas e não é diferente no Brasil. |
No Brasil três são os fatores que contribuem para o aumento da população idosa: (a) aumento na expectativa de vida, (b) a mortalidade de jovens e a (c) redução da natalidade.
O aumento meteórico da faixa etária acima dos 60 anos no Brasil revela que o país tem um grande desafio quanto ao cuidado para com os mesmos. Vale salientar que no país o processo de envelhecimento está num ritmo meteórico e como já foi dito envelheceu em dez anos o que a França levou cem anos para envelhecer, e há projeção de que a população idosa no Brasil aumente quatro vezes mais nos próximos 50 anos.
Até pouco tempo a concepção da velhice no Brasil era negativista e
vista como momento degenerativo irreversível,
associada ao sentimento de perdas produzido pela doença, improdutividade,
dependência entre outros; uma visão preconceituosa.
Hoje os indicadores sociais, utilizados para medir o envelhecimento incluem critérios de bem-estar, e de satisfação de vida, mas durante muito tempo, se media a qualidade de vida a partir dos indicadores sócios-econômicos.
Como é obrigação da família cuidar de seus idosos elas devem oferecer a eles cuidados que melhorem a qualidade de vida, isso implica em cuidados físico, psicológico, satisfação de vida, felicidade, afetos.
Pesquisas realizadas recentemente mostram que o bem-estar da pessoa idosa sofre influência dos fatores demográficos, físicos e sociais.
Entre os fatores sociais que produzem o bem-estar da pessoa idosa, destaca-se as atividades que agrupam valores, e atitudes religiosas como fé, esperança, recompensas, experiências místicas, entre outras.
Motivados pelas atividades religiosas a pessoa idosa transita em dimensões como: (a). Práticas. Isto é, no exercício da religiosidade no grupo que está inserido. (b). Nominativa. Que se relaciona com os comportamentos religiosos privados ou informais, isto é, que ocorrem no dia a dia fora do contexto do grupo religioso.
Não se pode negar que a religião
produz o bem-estar para a pessoa idosa, mas é real, que com o passar dos anos,
a redução da participação ativa do físico, vai produzir um mal-estar, principalmente
se houver comprometimento da saúde. Em muitos casos a redução da participação
ativa com a aposentadoria desenvolve uma maior participação nas atividades
eclesiásticas.
As atividades religiosas não só ativam o físico e a mente como também causam bem-estar psicológico, isto é, contribuem para o ajustamento no envelhecimento que é responsável por boas relações pessoais, no auto aceitação, e a satisfação com o viver.
A religião é uma variável capaz de contribuir na promoção do bem-estar das pessoas idosas, pois ela não só trata do espiritual, mas do social, da moral entre outras. O envolvimento da pessoa idosa com a religiosidade produz benefícios cognitivos, aumenta o sentimento de ‘auto eficácia’, ‘de amor próprio’, e de segurança pessoal. Nos momentos de crises a experiência religiosa pode revelar o sentido da vida, e contribuir como suporte, principalmente das pessoas aposentadas e viúvas.
No Brasil, ainda são incipientes as pesquisas voltadas para o bem-estar da pessoa idosa.