Pelas ruas de Jericó, ali ele sentava,
O cego Bartimeu, sem ver, mas que esperava.
Entre murmúrios e passos que a cidade embalava,
Ele tinha um clamor, uma esperança que gritava.
Sem olhos para o mundo, mas visão para crer,
Sabia que o Messias ele haveria de ver.
“Filho de Davi!”, ele ousou exclamar,
Na escuridão de sua vida, a Luz a brilhar.
“Silêncio”, diziam, “para de incomodar!”
Mas o grito da fé ninguém pode calar.
Mais alto ele clamou, com alma e coração,
E o Cristo parou diante da sua aflição.
“Que queres que eu faça?” a pergunta ressoou,
E Bartimeu, confiante, o seu pedido ousou:
“Quero ver, Senhor, o mundo e a vida,
Ser curado por Ti, minha alma acolhida.”
E num instante, os olhos abriram-se em cor,
A visão e a graça, presentes do Senhor.
Bartimeu seguiu-O, sua vida renovada,
Pois a fé o curara e a alma fora abraçada.
Oh, fé que vê além, que tudo ilumina,
Que enxerga o impossível e o santo destina!
Como Bartimeu, sejamos a voz que insiste,
Clamando por Cristo, que tudo assiste.
Produção: Núcleo Poetico da Repapi para o Portal Idosonews.com